Deus sacrificou seu único filho para te salvar Com esse gesto produziu uma cor - o amar Seus ensinamentos criaram outras cores Para que te construa, também, com valores Dentre outras coisas, te fez livre e inteligente Daí em diante, deu as tintas para que cada um se pinte Não te impede que peça alguém para fazê-lo Mas não se responsabiliza se não resultar num modelo Como colocar em prática os objetivos dessa missão Se faltavam instrumentos para facilitar a ação? Visando à criatividade, como a textura pastel Ofereceu o pincel Para numa tela em branco te pintar Ou em outra precisando de se reformar Ele oportunizou a motivação Como produtora de emoção Quando Jesus menino foi pintado para cumprir sua missão Foi esperado com festa em conjunção de coração Por isso, nem precisa de inspiração Use esse modelo cristão Visando sarar as feridas da sua época infantil Que é o que incomoda em cada adulto, de pueril Neste caso é seu próprio nenê Que só espera isso de você Faça escolhas com a íris Das cores do arco-íris Não se esqueça da magia Nem economize na energia Comprometa-se com o novo Que te resgate do ovo Mude o que não podia Construa sua autonomia Adicione nesse infante os ritos Seja tolerante com os gritos Preencha espaços com correria Pra que ele só tenha alegria Investigue as cores da tristeza, Substitua tudo por beleza Identifique o tom da dor E cubra-o todo com amor Cuide dos olhos com atenção Selecione o canal da satisfação Substitua as gotas do amargoso Pelas do brilho gostoso O sacrifício de Jesus não foi inútil Ele não faria isso por alguém fútil Não poupe pinceladas de orgulho de ti, Pois há registros do sangue e do amor dele por ti! Não cuide só da emoção Ou do que for crítico Fortaleça com tinta o coração Combine cores que desenvolvam o corpo e enfatizem espírito Pincelando no corpo um templo, um ninho, Retribua todo esse imenso carinho Destacando a intensa cor da bondade Para que se harnonize com a cor da divindade Você, que está sendo produzido, se não estiver sendo atendido Desgrude da tela, use a paleta para combinar o que te faz sentido Crie um matiz do poder, que foi herdado Para valorizar o que foi por ti realizado Tenha coragem de acrescentar algo mais do que quiser Receba tua criança restaurada pela fantasia da chaminé Seja, também, o presente dela - barba branca, gorro, roupa, tudo vermelho Dançem uno com a sinfonia das estrelas, como com a tua imagem no espelho É preciso ousar com o que se faz Para se ter um Natal da cor da paz. É preciso muita coragem para fazê-lo, Não é apenas esperando merecê-lo. Então, instrumentalizado, construa neste natal Utilizando todo esse arsenal Objetivando a reformulação do serEssa belíssima obra – você!
domingo, 26 de dezembro de 2010
A magia do natal na arte da reformulação do ser (Nélio Azevedo)
Deus sacrificou seu único filho para te salvar Com esse gesto produziu uma cor - o amar Seus ensinamentos criaram outras cores Para que te construa, também, com valores Dentre outras coisas, te fez livre e inteligente Daí em diante, deu as tintas para que cada um se pinte Não te impede que peça alguém para fazê-lo Mas não se responsabiliza se não resultar num modelo Como colocar em prática os objetivos dessa missão Se faltavam instrumentos para facilitar a ação? Visando à criatividade, como a textura pastel Ofereceu o pincel Para numa tela em branco te pintar Ou em outra precisando de se reformar Ele oportunizou a motivação Como produtora de emoção Quando Jesus menino foi pintado para cumprir sua missão Foi esperado com festa em conjunção de coração Por isso, nem precisa de inspiração Use esse modelo cristão Visando sarar as feridas da sua época infantil Que é o que incomoda em cada adulto, de pueril Neste caso é seu próprio nenê Que só espera isso de você Faça escolhas com a íris Das cores do arco-íris Não se esqueça da magia Nem economize na energia Comprometa-se com o novo Que te resgate do ovo Mude o que não podia Construa sua autonomia Adicione nesse infante os ritos Seja tolerante com os gritos Preencha espaços com correria Pra que ele só tenha alegria Investigue as cores da tristeza, Substitua tudo por beleza Identifique o tom da dor E cubra-o todo com amor Cuide dos olhos com atenção Selecione o canal da satisfação Substitua as gotas do amargoso Pelas do brilho gostoso O sacrifício de Jesus não foi inútil Ele não faria isso por alguém fútil Não poupe pinceladas de orgulho de ti, Pois há registros do sangue e do amor dele por ti! Não cuide só da emoção Ou do que for crítico Fortaleça com tinta o coração Combine cores que desenvolvam o corpo e enfatizem espírito Pincelando no corpo um templo, um ninho, Retribua todo esse imenso carinho Destacando a intensa cor da bondade Para que se harnonize com a cor da divindade Você, que está sendo produzido, se não estiver sendo atendido Desgrude da tela, use a paleta para combinar o que te faz sentido Crie um matiz do poder, que foi herdado Para valorizar o que foi por ti realizado Tenha coragem de acrescentar algo mais do que quiser Receba tua criança restaurada pela fantasia da chaminé Seja, também, o presente dela - barba branca, gorro, roupa, tudo vermelho Dançem uno com a sinfonia das estrelas, como com a tua imagem no espelho É preciso ousar com o que se faz Para se ter um Natal da cor da paz. É preciso muita coragem para fazê-lo, Não é apenas esperando merecê-lo. Então, instrumentalizado, construa neste natal Utilizando todo esse arsenal Objetivando a reformulação do serEssa belíssima obra – você!
sexta-feira, 17 de dezembro de 2010
Matéria sobre a TCI no Correio Braziliense (Clique aqui)
O Correio Braziliense fez uma matéria, de Márcia Neri, sobre a Terapia Comunitária (TC). Eles entrevistaram o Dr. Adalberto Barreto e visitaram dois grupos de TC em Brasília: dos Correios e do TST. Clicando no título desta postagem você tem acesso à matéria, com o depoimento de alguns participantes e trecho de um artigo meu.
segunda-feira, 13 de dezembro de 2010
A TC como formadora de novos padrões vinculares (parte 1)
sábado, 4 de dezembro de 2010
Não desistir do outro que está doente
A roda de hoje mal terminou e já corri pra “blogar”. O Mismec-DF está visitando todas as rodas do DF e a nossa foi a primeira a receber dois terapeutas: Iris e Pedro. Foi uma alegria recebê-los. A idéia é realizar um recadastramento de todas as rodas e terapeutas atuantes. Se você tem uma roda de TC procure o Mismec-DF, se aproxime, o Mismec-DF quer estar mais próximo de você em 2011. Eu estou amando a idéia.
Vamos ao tema desta TC, a penúltima roda do ano. Uma participante trouxe sua preocupação e angústia com um sobrinho que está ‘vivendo’ no mundo das drogas. Ela disse: me sinto muito fraca, incapaz de ajudá-lo, meu coração dói. Eles cresceram juntos, como irmãos e ela não sabe o que fazer para ajudá-lo.
Lancei o seguinte mote: Quem já se sentiu angustiado querendo ajudar alguém e o que fez pra superar esta angústia? Houve várias respostas: eu esperei a pessoa pedir ajuda; eu orei a Deus; eu me mostrei disponível; eu fui ao encontro da pessoa; eu fiz a minha parte, orientei e ofereci ajuda de forma concreta; eu e minha família superamos as dificuldades com AMOR.
Concluímos, com a restituição a pessoa angustiada, que quando ela pensa não ter mais força descobre uma brasa no coração que a desperta, a brasa se converte em labaredas de fogo, que a capacita a não desistir da pessoa que ama.segunda-feira, 22 de novembro de 2010
Quem já foi obrigado a fazer algo que não queria?
terça-feira, 16 de novembro de 2010
"Você não sabe o quanto eu caminhei pra chegar até aqui"
Fazendo perguntas descobrimos que a dificuldade da participante em aceitar o novo, o diferente, em sua vida iniciou, segundo ela, numa experiência do passado. Chegou-se ao tema latente (pode haver várias causas inconscientes), a dificuldade de perdoar alguém do passado.
Quando fui lançar o mote perguntei a ela. Você gostaria de ouvir sobre a dificuldade em lidar com as mudanças ou em vivenciar o perdão. Imediatamente ela disse: minha maior dificuldade é perdoar. Então lancei o mote: Quem já teve dificuldade em perdoar e depois conseguiu e como se sentiu? Silêncio total!
As participantes que falaram apenas se identificavam com o tema, tinham a mesma dificuldade. Quando todos numa roda de TC vivenciam o mesmo problema fica difícil trabalhar o tema por identificação, temos que apelar para a criatividade. Como nenhum dos 25 participantes superou o problema eu contei um caso, um exemplo de superação, de alguém que conseguiu perdoar e não ficou na beira da estrada vendo a vida passar.
A falta do perdão obstrui a vida e a pessoa não consegue “sair do lugar”, por medo do desconhecido privando-se de seguir no caminho e descobrir o que há depois da curva. domingo, 7 de novembro de 2010
Matéria sobre a TC no uol ciência e saúde
Saiba como é uma roda de terapia comunitária Carla Prates Do UOL Ciência e Saúde Terapia traz alívio ao sofrimento causado por conflitos emocionais o método diminui encaminhamento para serviços de saúde. Terapia comunitária é diferente de psicoterapia. O método começa a ser levado a outros países.Um senhor, meio sem jeito, que nunca havia participado resolve falar: “Estou com um problema de relacionamento em casa. Moro com meu filho, minha nora e a netinha. Queria que eles tivessem mais consideração comigo”, desabafa o senhor, meio sem jeito, em uma roda de terapia comunitária de um parque da cidade de São Paulo. Confortado por uma das terapeutas, ele toma coragem e continua: “se eu não falo com meu filho, ele não fala comigo. Se eu conversar ele responde, mas não para me satisfazer”. Alguém diz que a situação faz lembrar a do pai que já morreu: “às vezes, queria conversar com ele, mas tinha alguma barreira, não conseguia tirar esse bloqueio”. O problema do senhor é eleito para ser compartilhado por todos na roda. E logo vem a pergunta: “o seu filho sabe que o senhor se sente assim? Não. E o que poderia acontecer se vocês conversassem sobre isso?” Ele muda de assunto, relata que sente muita insônia, vive sozinho e tenta se distrair. E a nova questão, agora para o grupo todo compartilhar suas experiências de vida: “Quem já teve dificuldade para expressar o que sente para outra pessoa que gosta e como fez para resolver? Surge um leque de respostas: “Já tive e guardei para mim mesma, fiquei sentida, mas não falo porque sei que é assim, as pessoas não ouvem”; “eu já falo das minhas necessidades, procuro sempre encontrar um amigo ou companheiro que me ouça porque isso resolve, eu que não deixo minha pressão subir”; “eu também tento comunicar a outra pessoa o que sinto de maneira respeitosa, não cobrando o outro porque daí ele pode ficar na defensiva”... O senhor ouve os depoimentos, atento. Antes do término, cada um relata o que aprendeu naquele dia: “que somos todos semelhantes e temos sempre algo a compartilhar”; “que nunca sabemos tudo da vida, mas sabemos um pouco de tudo e podemos fazer diferente”. O senhor, agora um pouco mais à vontade, agradece: “queria dizer obrigado a todos vocês”. E por aí a roda seguiu até o fim, com alguém puxando a música: “viver e não ter a vergonha de ser feliz, cantar e cantar e cantar a beleza de ser um eterno aprendiz...”. O senhor sorriu enfim e se uniu ao coro das vozes.
sexta-feira, 5 de novembro de 2010
Cora Coralina
Feliz aquele que transfere o que sabe e aprende o que ensina. O que vale na vida não é o ponto de partida e sim a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher.
Não sei ...se a vida é curta ou longa demais para nós, Mas sei que nada do que vivemos Tem sentido, se não tocarmos o coração das pessoas.
O que importa na vida não é o ponto de partida, mas a caminhada. Caminhando e semeando, no fim terás o que colher. Cora Coralina
terça-feira, 2 de novembro de 2010
sexta-feira, 22 de outubro de 2010
Uma dinâmica na hora da partilha?
Estive ausente por algumas semanas, férias. Agora vamos retomar com a rotina e com o blog. Durante três semanas o grupo de Terapia Comunitária com os adultos foi conduzido por um amigo, terapeuta corporal com formação também em arte terapia: Ivan Rezende. Que há mais de um ano conhece e colabora com o grupo sempre que pode.
É sempre bom um outro olhar e uma nova atitude com um grupo regular de terapia, seja qual for a linha que você segue. O grupo esteve com este terapeuta por três semanas. Nesse tempo ele propôs ações diversas da TC. Em especial quero compartilhar aqui uma atividade muito interessante que ele conduziu.
segunda-feira, 27 de setembro de 2010
Matéria sobre a TC com o grupo de trabalhadores, por Marta Crisóstomo.
sexta-feira, 17 de setembro de 2010
A TC é dinâmica e nos dá oportunidade para criar
terça-feira, 14 de setembro de 2010
Quando a boca cala o corpo fala
sexta-feira, 3 de setembro de 2010
"O perdão é a chave para a liberdade"
quinta-feira, 2 de setembro de 2010
Os benefícios da Terapia Comunitária, pelos participantes
sexta-feira, 27 de agosto de 2010
Dia do psicólogo e da psicóloga, claro!
quarta-feira, 25 de agosto de 2010
Depoimento da Nilda, uma participante da TC
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Reiniciando o grupo com adolescentes
quarta-feira, 18 de agosto de 2010
Dois anos de vida (link para TC no trabalho)
A Terapia Comunitária com o grupo de terceirizados em um órgão público em Brasília está completando dois anos. Nesses dois anos muitas pessoas foram demitidas ou foram transferidas, outras foram contratadas e entraram para o grupo, algumas deixaram de comparecer aos encontros. Mas há aqueles que estão desde a primeira roda, neles percebemos uma grande evolução.
Para manter um grupo com os mesmos participantes por tanto tempo é preciso muita determinação e criatividade. Para que a proposta não caia numa rotina e para que as pessoas possam aprofundar suas questões o grupo passou a ter um caráter terapêutico. Muitas vezes não há questões práticas a serem compartilhadas, mas marcas profundas deixadas pela vida.
Ter uma dinâmica de interação diferente a cada encontro é um desafio, sempre solicito a contribuição do grupo, nem sempre eles correspondem. Fazer a terapia em apenas uma hora, o tempo que eles são liberados para a roda, também é difícil, especialmente quando o grupo é grande, mais de 30 participantes. Ver uma pessoa que ficou um ano e meio participando das terapias sem compartilhar nada de si, um dia começar a falar e, em duas sessões, contar suas histórias de rejeição ao longo da vida: não tem preço. Parece que foi preciso muito tempo para que ela acreditasse que não seria rejeitada também nesta roda se ela se revelasse.
O que eu aprendi e amadureci em dois anos ... não tem preço. Como diz Adalberto Barreto: “o salário da TC é o salário afetivo”. A todos que já passaram por esta roda e aos que ainda estão aqui: PARABÉNS E MUUUUUITO OBRIGADA!quinta-feira, 12 de agosto de 2010
Em vez de você ficar pensando nele, pense em ti, chore por ti, liga pra ti...
O tema desta semana foi sobre amor. É sempre bom falar de amor! Veja o resumo da fala da participante: “Estamos juntos a quatro meses. Inventaram umas coisas sobre mim e a família dele acreditou. Então ele disse que não queria ficar namorando escondido, se eu não posso nem ir a casa dele. Hoje foi a gota d’água, ele disse que saiu com outra garota e que vai tentar me esquecer. Estou me sentido humilhada, tá doendo muito. Ele disse pra eu ligar a hora que eu quiser e que podemos ser amigos. Eu não quero ser amiga dele. O que vocês acham que eu devo fazer?”
Nesta roda de TC só havia mulheres e todas começaram a falar pra ela não chorar por homem nenhum e dizer o que ela deveria fazer. Então eu disse que não deveríamos criticá-la ou dar conselhos. Que é muito fácil dizer o que é ideal numa situação desta, mas o ideal, muitas vezes, nem nós conseguimos fazer. Orientei o grupo a contar uma experiência semelhante e como ela foi superada. Algumas contaram como doeu a separação e partilharam suas estratégias para superar o término de um relacionamento. Ao final o grupo se comprometeu a ajudá-la: toda vez que ela ficar pensando em procurá-lo pode ligar pra qualquer uma de nós para desabafar.
Quando um grupo de terapia chega nesse estágio de comprometimento com a dor do outro é porque alcançou um alto nível de solidariedade, compreensão e a cumplicidade. É sinal de que a terapia tem favorecido o desenvolvimento de competências e habilidades sociais que podem ser desenvolvidas para além do grupo.
sexta-feira, 6 de agosto de 2010
Luas e luas
quinta-feira, 5 de agosto de 2010
Em comemoração ao dia dos pais
sexta-feira, 23 de julho de 2010
Qual a sua pérola?
Em Terapia Comunitária aprendemos que todos nós temos uma pérola. Para que uma pérola se forme é preciso primeiro que um grão de areia entre na ostra e a arranhe. Após o ferimento a ostra tenta se proteger forma a pérola. Assim acontece conosco, na maioria das vezes a nossa ferida é transformada em uma pérola, isso tem a ver com nossa capacidade de resiliência.
Na terapia desta semana nós ajudamos uma participante a descobrir a sua pérola. Ela foi abandonada pela mãe aos 9 anos. Teve que cuidar de 4 irmãos mais novos, um com apenas 6 meses. Ela disse: "eu passei a ser mãe dos pirralhos com 9 anos". Ao aprofundarmos um pouco mais descobrimos que ela, sem ter sido cuidada tornou-se uma cuidadora. A mãe voltou após 20 anos e ela cuida da mãe e dos filhos, sozinha. Ao final da roda seus olhos brilhavam de emoção: "nunca tinha visto minha vida desta forma".
Acredito que é um mito dizer coisas como todo abusado será um abusador. É mentira! Muitas pessoas que foram abusadas protegem, cuidam e defendem crianças. É claro que muitos abusadores foram abusados um dia e não conseguiram transformar a ferida em pérola.
Dica de Livro: Ostra Feliz não faz pérola. Rubem alves. Editora Planeta.quinta-feira, 15 de julho de 2010
O que é resiliência?
Resiliência, segundo o dicionário Aurélio, é “a propriedade pela qual a energia armazenada em um corpo deformado é devolvida quando cessa a tensão causadora de tal deformação elástica”. O termo resiliência, que tem sido usado em TC como a capacidade dos indivíduos em superar as dificuldades contextuais, permitindo aos oprimidos sobreviverem através dos tempos, sendo flexível. É a capacidade que temos de responder de forma mais consciente aos desafios e dificuldades, reagir com flexibilidade diante de circunstâncias desfavoráveis, mantendo um certo equilibrio durante a após as crises. Exemplo de pessoa resiliente é o Pedagogo Roberto Carlos Ramos que soube transformar seus sofrimentos em combustível para mudança. Você é resiliente? Sim, todos somos de alguma forma resilientes. A história do professor Roberto Carlos, que fugiu 132 vezes da FEBEM, é um exemplo de pessoa resiliente. Veja o trailer do Contador de Histórias: http://www.youtube.com/watch?v=uWQ8pQJ_mWk Livro: Flach F. Resiliência: a arte de ser flexível. Traduzido por Wladir D. São Paulo: Saraiva. 1991
Artigo que publiquei
Este blog era pra ser de TC e psicanálise. Por fim, fiquei só escrevendo sobre TC. Porém, ainda tem um pouco de psicanálise em mim. Este artigo foi publicado esta semana pela Revista UNIFOR (Universidade de Fortaleza). O título: É o aborto uma dor narcísica irreparável? Originou-se de um trabalho que realizei no HUB (Hospital Universitário de Brasília), lá realizávamos atendimento em grupo com grávidas. O artigo destaca a forma como grávidas que sofreram aborto espontâneo investem em uma nova gravidez, com enfase em termos como narcisismo, ambivalência, luto, melancolia e outros.terça-feira, 13 de julho de 2010
Frases de Rubem Alves
"A alma é uma borboleta... há um instante em que uma voz nos diz
que chegou o momento de uma grande metamorfose..."
"Deus é isto: A beleza que se ouve no silêncio. Daí a importância de saber ouvir os outros: a beleza mora lá também."
“Amar é ter um pássaro pousado no dedo.
Quem tem um pássaro pousado no dedo sabe que,
a qualquer momento, ele pode voar”.
"Não haverá borboletas se a vida não passar por longas e silenciosas metamorfoses."
"Deus é alegria. Uma criança é alegria. Deus e uma criança têm isso em comum: ambos sabem que o universo é uma caixa de brinquedos. Deus vê o mundo com os olhos de uma criança.Está sempre à procura de companheiros para brincar".
"Todo jardim começa com uma história de amor, antes que qualquer árvore seja plantadaou um lago construído é preciso que eles tenham nascido dentro da alma.
Quem não planta jardim por dentro, não planta jardins por fora e nem passeia por eles".
segunda-feira, 12 de julho de 2010
Dança da cadeira cooperativa/solidária
Como o nosso grupo é grande e os participantes são colegas de trabalho foi fácil realizar esta dinâmica. Esta dinâmica é semelhante à clássica dança das cadeiras, só que a cada vez que que para a música você diminui uma ou duas cadeiras e todos devem sentar, nínguém sai do grupo. Até ficar uma cadeira e todos sentarem nela, ou um no colo do outro. Enquanto a brincadeira tradicional é de exclusão, esta é de inclusão.
Estou com vontade de dar um soco nele!
Nesta roda o tema escolhido foi o do nosso colega Mário (nome fictício). Ele nos contou que transgrediu, como forma de protesto, o horário de trabalho: por que todos podem assistir o jogo do Brasil na Copa, e nós temos que trabalhar nesse horário? O chefe disse que quer conversar com ele sobre a sua atitude: vir trabalhar em um turno diferente do estabelecido. Ele me persegue porque sou muito crítico ... não sei se vou estar aqui na próxima semana, acho que vou ser demitido. Mas não estou nem aí!
Então, questionamos sobre a veracidade de ele não se importar: parece que você liga para o que aconteceu. O que você está sentindo neste momento que nos conta o fato? Ela disse: Raiva. Estou com vontade de dar um soco nele. Após ouvi-la por alguns minutos perguntamos ao grupo: Quem já teve vontade de dar um soco em alguém? Por que e como você superou esta raiva?
Ouvimos várias estratégias para a solução do problema. Ao final Mário agradeceu a roda e disse que estava mais calmo, mais leve, por ter podido desabafar e ver que era normal sentir vontade de bater em alguém.Dinâmica para dia de aniversário
No curso de intervisores uma colega, terapeuta de São Paulo, compartilhou uma dinâmica, para o dia em que alguém faz aniversário. Na semana seguinte em nossa TC no trabalho, em um órgão público em Brasília, havia uma aniversariante. Com todos em pé, eu disse que estava dando a ela uma sacola (imaginária) e que ela iria passar por cada um recolhendo o que eles iriam desejar para ela. Éramos 23 pessoas, ela encheu sua sacola com: amor, alegria, saúde, esperança, paz, prosperidade, harmonia, sucesso, felicidades, realização de sonhos, beijos, abraços e outras coisas lindas.
A aniversariante ficou muuuuuito satisfeita com sua sacola cheia de coisas positivas.segunda-feira, 5 de julho de 2010
Coméntário instigante, da Mari, sobre a pesquisa
domingo, 27 de junho de 2010
Enquete: o que você mais valoriza numa TC?
Os fatores terapêuticos: integração (Yalon)
No primeiro capítulo, postado no mês passado, Yalon divide a experiência terapêutica em 11 fatores, agora ele discute os três últimos.“Diferentes pacientes beneficiam-se de diferentes fatores terapêuticos”. Cada grupo também considera diferentes fatores como relevantes. Coesão grupal diz respeito a ser aceito pelo grupo, a manter contato íntimo, revelar coisas embaraçosas e mesmo assim ser aceito pelo grupo, não se sentir mais só e sentimento de pertença.
A cartase é necessária, mas não suficiente. Pois é essencial refletir sobre a experiência emocional para a mudança. A autocompreensão é importante para livrar-se de crenças patogênicas. Neste contexto cria-se um ambiente forte e solidário, coeso. Quanto maior a ambigüidade maior a ansiedade e quanto menor a ansiedade menor a ambigüidade e vice-versa. Os fatores existenciais dizem respeito a assumir a responsabilidade total pela forma como o participante conduz a sua vida. Assim a pessoa se empodera para sumir as mudanças necessárias em sua vida. “Ser responsável é ser o autor inconteste de sua vida”.
Outra questão que Yalon destaca é o fato de que nós terapeutas valorizamos nossa técnica e interpretações que fazemos como importantes para o processo terapêutico, enquanto cada indivíduo e grupos específicos avaliam como importantes outros aspectos, como carinho e atenção do terapeuta e do grupo. terça-feira, 15 de junho de 2010
Artigo publicado na Revista de Direito Trabalhista - Texto na íntegra na sequencia
segunda-feira, 14 de junho de 2010
O que é bullying?
quinta-feira, 10 de junho de 2010
Sentimentos engaiolados
O tema da TC desta semana foi forte: “Meu filho está preso...não sei dizer como me sinto”. Era a primeira vez que M participava do grupo. Durante a dinâmica (do ursinho, postada anteriormente) ela começou a chorar. Na contextualização, momento em que todos ouvem a pessoa cujo tema foi escolhido, M. não chorou, contou sua história e teve muita dificuldade para falar como se sentia após ter lutado 5 anos com o filho drogado e por fim vê-lo preso, por assalto. Ela estava focada, apenas, em narrar sua história. “Ele vendeu tudo da casa...ele me ameaçava...os bandidos estavam na minha porta”.
Nosso trabalho se deu na intenção de que ela pudesse nomear seus sentimentos. Eu pedi ajuda ao grupo: como você se sentiria nesta situação? As respostas foram: triste, decepcionada, infeliz, desamparada, sozinha, sem apoio e revoltada. Voltei para M. e ela disse que se sentia sozinha. Perguntei: por que você se sente sozinha? Para responder esta pergunta ela teve que identificar seus sentimentos. Ela saiu do contexto, dos fatos, e voltou-se para si. Ao final da roda ela disse: “Eu nunca estive num lugar como esse, foi bom!”segunda-feira, 7 de junho de 2010
Sugestão de dinâmica
Na última roda de TC realizamos uma dinâmica que considero bem sucedida. Todos participaram, falaram, tocaram no colega, foram tocados e se expressaram. É simples, mas surtiu um grande efeito para o momento da partilha dos problemas no grupo.
Levei dentro de uma caixa de presente um ursinho de pelúcia. Disse que havia trazido uma coisa para compartilhar com eles. Quando abri uns ficaram desconfiados, outras suspiraram: Hum! Que lindinho! Demos um nome pra ele, o ursinho: Raian.
Orientei que o ursinho fosse passado de mão em mão e que, na sua vez, todos deveriam expressar alguma forma de afeto, carinho pro Raian (nome do netinho de uma participante do grupo). Havia 30 participantes, todos tocaram, abraçaram, beijaram, elogiaram, acariciaram o Raian.
Quando ele retornou a minhas mãos novamente todos ficamos em pé e orientei: você terá que ter com o seu colega da direita a mesma demonstração de afeto que teve com o Raian. Foi uma graça! Teve gente apertando a bochecha do colega, elogiando os olhos, a maciez (você é tão fofinho!). Foi uma oportunidade para todos se expressarem de uma forma bem lúdica. Ao final fizemos uma breve avaliação da dinâmica: “é difícil falar dos meus sentimentos, hoje quando eu chegar em casa vou falar pro meu marido o quanto eu gosto dele”.terça-feira, 1 de junho de 2010
Refletindo na TC sobre o que Yalon ensina (postagem anterior)
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Psicoterapia de Grupo: teoria e prática (Irvin Yalon)
Neste capítulo Yalon divide a experiência terapêutica em 11 fatores primários e discute os primeiros sete:
Instilação de esperança é importante que terapeuta e paciente tenham expectativas semelhantes quanto ao grupo. Ter uma postura positiva diante das questões trazidas é essencial, assim todos começam a compartilhar tais expectativas de sucesso.
A universalidade é quando o paciente descobre que não é único no seu problema, que outros compartilham ou já compartilharam da sua dor. Este aspecto é importante fonte de alívio no início da terapia. quinta-feira, 6 de maio de 2010
Descobri que sou mais corajosa do que pensava
A TC da semana passada com o grupo no trabalho foi novamente sobre a greve. Antes os participantes deste grupo de TC iriam realizar a greve, agora eles estavam avaliando a greve. Conseguiram um pequeno aumento de salário e um maior no ticket alimentação. Varias pessoas falaram sobre como se sentiram na semana da greve. Apenas os trabalhadores que participaram da greve contaram suas experiências: “aprendi a lutar contra o medo”; “descobri que sou mais corajosa do que pensava”; “aprendi que a união, realmente, faz a força”.
Percebeu-se que eles estavam muito orgulhosos e comprometidos uns com os outros, a TC foi uma oportunidade para que cada um pudesse avaliar a si mesmo e refletir sobre as conseqüências de suas ações ou omissões.terça-feira, 4 de maio de 2010
Bullyings na escola
A TC com os meninos adolescentes teve como tema os conflitos escolares. Um garoto contou que brigou com a professora, "gorda e chata". Por isso foi expulso da sala de aula. Outro contou que teve todas as notas a baixo da média. Um terceiro disse que se meteu numa encrenca daquelas: "bati num moleque, quebrei o braço dele".
Num primeiro momento ouvimos os três. Em seguida lançamos o mote: Quem já passou por dificuldades na escola e como superou? Após algumas falas, passamos a focar nas formas de violência na escola. Quem já passou por dificuldades com violência na escola e como superou? Como controlar a agressividade?
Vários garotos responderam ao mote com dicas como: Contar até 10 antes de agir, sair de perto do provocador, não provocar, pensar nas consequências (você pode ir pra uma instituição, ou ficar conhecido como o garoto briguento da escola).
Alguém contou que nunca brigou na escola. Concluímos que é difícil controlar a raiva, mas que é possível. O garoto que agrediu disse que vai evitar brigas, porque não quer envergonhar a sua mãe.
quarta-feira, 28 de abril de 2010
TC com tema preestabelicido
Sofrimento do Trabalhador na TC
quarta-feira, 14 de abril de 2010
Responsabilidade Social Começa em Casa
Quando falamos em responsabilidade social pensamos em cuidar do planeta, reciclar o lixo ou ceder o espaço físico da empresa para a comunidade. Uma experiência de responsabilidade social inovadora é a Terapia Comunitária no ambiente de trabalho.
Neste grupo percebeu-se que os participantes redescobriram seus potenciais e competências, o que resultou na melhora da auto-estima dos participantes e busca por melhor qualificação. Na TC os trabalhadores compartilham estratégias para conviver melhor com a família, os colegas, o trabalho e a chefia, pois alguns problemas de relacionamento são trazidos para o grupo. Como resultado percebe-se melhoria na comunicação e aumento do sentimento de união.
A empresa não pode ignorar a necessidade que o ser humano tem de verbalizar, de compartilhar e socializar-se. Por aplica-se a qualquer grupo de pessoas a TC pode ser implementada em todos os níveis hierárquicos da empresa, visto que todos necessitam de um espaço para falar. Na TC um aprende com a experiência do outro, o que favorece o acerto. Como, por exemplo: ao ver que um colega ficou doente porque não cuidou de sua saúde no trabalho o outro participante passa a fazer da ginástica laboral uma rotina diária, diminuindo a incidência de doenças ocupacionais.
A instituição que se dispuser a desenvolver um grupo de TC com seus empregados e colaboradores perceberá aumento da integração entre eles; melhoria na comunicação entre os trabalhadores e a instituição; crescimento da motivação e maior busca por qualificação; satisfação com o ambiente de trabalho e maior qualidade de vida e saúde no trabalho. Está comprovado que pessoas que falam sobre seus sentimentos como raiva, mágoa e dificuldade em perdoar possuem mais saúde que pessoas que guardam tudo para si.
Nosso trabalho indica que os órgãos e empresas que demonstram um compromisso social com o trabalhador, no nosso caso o terceirizado, colhem frutos. Valorizar empregados e colaboradores, comprometendo-se com a qualidade de vida dos trabalhadores, é uma das diretrizes para a empresa tornar-se socialmente responsável. A cura de Schopenhauer (final da resenha)
Os seis meses de sessão, antes combinado, parece não ter efeito sobre Philip, que continua aparentemente intocável. Dr. Julius se questiona se de fato quer ajudar o paciente ou quer ver a mudança por vaidade. Mas Philip pede para continuar até à última sessão do grupo e começa a interagir com o grupo: fala, incomoda-se, pensa sobre o que foi trabalhado no grupo durante a semana e começa a se envolver e emocionar-se com as discussões no grupo. Tais comportamentos vão contra a sua filosofia de vida que Philip adota (a de Schopenhauer). Philip percebe que precisa descobrir suas próprias respostas, que a máxima Schopenhaueriana de que “viver é dor e tédio” não vale para todos.
O livro chega ao ápice na penúltima sessão este trecho é narrado de uma forma brilhante que emociona o leitor, levando-o a descobrir que muito do que Schopenhauer escreveu é uma verdade universal: “a vida pode ser comparada a um bordado que no começo da vida vemos pelo lado direito e, no final, pelo avesso. O avesso não é tão bonito, mas é mais esclarecedor, pois deixa ver como são dados os pontos”. Vários trechos levam o leitor a refletir sobre a questão ética no trabalho de um terapeuta. Seria correto usar a filosofia como recurso para aconselhamento terapêutico? Como as sessões seriam conduzidas? Que técnicas seriam usadas? O terapeuta poderia ser apenas um filósofo como Philip ou deveria conhecer técnicas psicoterápicas? Será que alguém como Philip estaria apto a atender pessoas e a ajudá-las? É muito provável que alguém que optou por não se relacionar com outras pessoas não consiga ajudar um outro em suas dificuldades, visto que a maioria das dificuldades humanas decorre da interação com o outro.
Por outro lado possuir habilidade para lidar com o paciente não é suficiente para caracterizar um terapeuta. A motivação para exercer tal profissão é essencial nesta profissão. Além da qualificação e da facilidade em interagir com o paciente o profissional deve querer ajudar. Mesmo que existam outras causas como a vaidade ou orgulho do Dr. Julius não o desqualificam como terapeuta, antes mostra sua humanidade. Nada do que fazemos possui uma única motivação. Sempre há interesses secundários norteando nossas ações.
Todo curioso em conhecer a alma humana e fãs das terapias de grupo tem a obrigação de viajar pelas páginas deste livro.
domingo, 11 de abril de 2010
Minha filha de 14 anos está namorando
Esta semana o grupo com os terceirizados trouxe um tema familiar. Uma participante conta que perde o sono ao lembrar que a filha de 14 anos está namorando. Fomos ao cinema, e ao terminar o filme eu chorarava muito, mas não era pelo filme era por ter visto minha filha beijando na boca.
segunda-feira, 5 de abril de 2010
A cura de Schopenhauer (continuação)
sábado, 3 de abril de 2010
Sugestão de dinâmica
Cada dinâmica deve ser realizada num contexto específico, a dica de hoje é para ser desenvolvida com um grupo que já se conhece, com encontros constantes.
Formam-se pequenos grupos de 8 a 10 pessoas. Todos devem estar bem próximos, de ombro a ombro, em um círculo. Escolhe-se uma pessoa para ir ao centro. Esta pessoa deve fechar os olhos (com uma venda ou não), deve ficar com o corpo totalmente rígido, como se tivesse hipnotizada. As mãos ao longo do corpo tocando as coxas lateralmente, pés pra frente, tronco reto. Todo o corpo fazendo uma linha reta com a cabeça.
Ao sinal, o participante do centro deve soltar seu corpo completamente, de maneira que caia, confiando nos outros participantes. Os colegas devem empurrar o "joão bobo" de volta para o centro, com as palmas das mãos. Como o corpo vai estar reto e tenso sempre perderá o equilíbrio e penderá ora para um lado, ora para outro. O movimento é repetido por alguns segundos e todos podem participar indo ao centro. Se o grupo for muito grande deve-se fazer duas ou mais rodas.RESENHA A cura de Schopenhauer
O
Philip
Continua...
YALOM, IRVIN D. (2005). A



