quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Dicas de viagem

Maslow, psicólogo humanista teorizou sobre a psicologia da autoatualização. Autoatualizar-se é desenvolver suas potencialidades, é “o uso e exploração plenos de talentos, capacidades, potencialidades etc.” (Maslow, 1970, p. 150). Para este autor as pessoas devem fazer aquilo que lhes dá prazer. Pensando nisso e observando as pessoas ele sistematizou algumas caracteristicas das pessoas autoatualizadas. Resumo a seguir o que você pode fazer para se autoatualizar em sua viagem pela existência:
  1. Esteja atento ao que acontece dentro de você e ao seu redor. Ou seja, viva o presente de forma consciente! Observe como você acordou hoje e como se sente. Durante o dia sorria para alguém, encontre pessoas.
  2. Quando fizer escolhas, opte por coisas que favoreçam o seu crescimento. Abra-se para experiências novas e desafiadoras!
  3. Seja verdadeiro. Decida sozinho o que você fará amanhã ou agora, independente do que os outros irão pensar. Seja você mesmo!
  4. Seja honesto com você mesmo e assuma as consequências de suas escolhas. Não adianta chorar pelo leite derramado! Se permita errar o caminho, volte e tente de novo, porque não há GPS na estrada da vida!
  5. Viva intensamente os momentos especiais na sua jornada. Não há muitos momentos especiais em sua vida? Invente-os! Contemple o por do sol, alimente um faminto, ensine alguém a ler.
  6. Não se prenda aos resultados, porque autoatualizar-se é um processo. Afinal, o que vale não é o destino, mas a viagem. Escolha o caminho mais criativo, mais agradável, não o mais fácil!
  7. Reconheça suas próprias defesas. Para superar suas limitações você precisa primeiro reconhecê-las. Superar a si mesmo é a maior de todas as vitórias.
8. Eu acrescentaria mais um: sentir-se útil. Penso que é muito importante sentir que sou útil ao próximo. Servir ao próximo é um privilégio que somente pessoas autoatualizadas podem desfrutar. Faça algo por alguém!
Fácil alcançar tudo isso? Não. Escrevo este texto primeiro pra mim, porque não estou conseguindo dar o meu melhor, nem pra mim nem pras pessoas que encontro no caminho. Mas não é impossível. Vou recomeçar! 
Então? Vamos preparar as malas? Não vamos levar muita coisa, comecemos tirando o que não é essencial. Deixemos espaço para as coisas novas que encontraremos no caminho. Comece aos poucos e quando você menos perceber... a viagem estará sendo uma delícia! BOA VIAGEM!

sábado, 19 de novembro de 2011

Ei mãe, não sou mais menino...cresci!

Nossa roda de terapia comunitária foi singular. Ninguém apresentou um problema específico, fiquei no vácuo, como diriam os adolescentes. Porém, uma participante, que no passado apresentara um problema, passou a nos dar um “feedback” de como superou seu problema. Ela está se adaptando à condição de avó e sogra. Ela disse que confiava que o filho, de 17 anos, iria dar conta da nova responsabilidade de ser pai. Outra participante disse: é muito difícil chegar a este nível de maturidade, pra mim é difícil aceitar que meus filhos não precisam mais de mim. Pronto! Surgiu uma dificuldade na roda de terapia.
Perguntei para o grupo quem um dia já se surpreendeu com o filho e disse: Meu filho cresceu e eu não vi!! Como foi esta experiência pra você? Então, de acordo com o desenrolar das falas eu ia refazendo a pergunta de modo diferente. Como foi pra você ter outra mulher dentro de casa? Como é perceber que o seu filho não é mais uma criança, que está independente? Como você superou, se adequou, a esta mudança?
Ei mãe, não sou mais menino! Ouça a música com Eramo e Frejat
Várias pessoas compartilharam suas dificuldades. Uma jovem mãe compartilhou a surpresa que teve ao chegar a casa e ver que a filha havia preparado o jantar. Uma mãe experiente surpreendeu-se com sua filha caçula menstruando tão cedo. Outra que se assustou por ser chamada de sogra. Uma disse que se sentiu traída ao saber que a filha havia viajado sem avisá-la, disse ainda que sente necessidade de preencher sua vida com outras coisas, pois os filhos não ocupam mais o seu tempo.
Parece que nós, mães e pais, não estamos preparados para vermos nossos filhos baterem asas e voar. Vivemos em função dos filhos de tal forma que não percebemos a hora em que devemos confiar na competência de suas asas, que nós alimentamos no passado. Como diz o sábio ditado popular: Criamos os filhos para o mundo. Penso que eles nos apontarão a direção que deveremos seguir. Os meus filhos já estão sinalizando que logo estarão prontos. E os seus já deixaram o ninho? Não deixe seu ninho vazio, descubra novas formas de preencher sua vida!

domingo, 13 de novembro de 2011

Você já experimentou o REMOVE-DOR?

O livro “infantil” O Colecionador de Segredos, de André Neves e Márcia Silva está repleto de metáforas interessantes. Os autores nos contam, brilhantemente, como ao longo de nossas vidas colecionamos coisas, uns lembranças, outros medos e há os que colecionam preocupações. 
Mas existe uma forma de nos desfazermos destas coleções. Uma das personagens do livro descobre o REMOVE-DOR. Eu gostei muito desta expressão. O removedor que usamos para retirar uma tinta que cai no chão ou uma graxa, limpa o que antes estava manchado. Em nossa vida é assim, colecionamos dores, e quanto mais as acumulamos mais nos habituamos a elas. 
Se você coleciona uma dor saiba que existe um produto que pode removê-la. Mas os seus problemas não acabaram (parafraseando as organizações Tabajara), poderão ser, apenas, minimizados com o REMOVE-DOR. Penso que há bilhões de REMOVE-DORES no mundo, porque cada pessoa precisa de um tipo de REMOVE-DOR específico. Um alerta: este produto não é encontrado em mercados, nem em farmácias e não tem receita ou bula. O REMOVE-DOR do qual estou falando não é um REMÉDIO, que mascara a sua DOR. Então, eu não posso prescrevê-lo, porque só você pode descobrir o REMOVE-DOR apropriado para a sua dor. 

É preciso estar atento à dor que você se habituou a colecionar, para começar a identificar o REMOVE-DOR que fará a reação química adequada para removê-la. Algumas pessoas acostumaram-se a colecionar murmurações, para estas pessoas o removedor poderia ser um exercício chamado gratidão. Outros colecionam tristezas que poderiam ser removidas com um novo ponto de vista em função das coisas boas da vida. Há ainda os que colecionam ilusões, por isso estão sempre se desiludindo...é uma dor após a outra, no amor ou nos negócios. Seja qual for a sua dor, eu espero, do fundo do meu coração, que você possa removê-la e que estas palavras possam lhe trazer esperança. Como disse o profeta Jeremias: Quero trazer à lembrança o que pode me dar esperança!