segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Dinâmica da sensibilidade


Em 2012 nossa roda terá um perfil para além da Terapia Comunitária, pretendo intercalar algumas rodas de TC com dinâmicas e outras atividades. Uma semana atrás fizemos uma dinâmica bem interessante. A Cristina Servo, psicóloga e terapeuta em formação, propôs a dinâmica da “Sensibilidade”. Que tem o objetivo de melhorar a sensibilidade, concentração e socialização do grupo.
Faça dois círculos com números iguais de participantes, um dentro e outro fora. O grupo de     dentro vira para fora e o de fora vira para dentro. As pessoas do círculo interno fecham os olhos, as de fora mudam de lugar, caminham, e ao sinal da coordenadora cada um se posiciona em frente a um colega que está de olhos fechados.
Todos devem dar as mãos para a pessoa da frente, que irá senti-las, tocá-las bem, estudá-las. O círculo externo vai caminhando no sentido horário e parar em frente a outro colega (se quiser pode mudar a ordem em que as pessoas estão). Ainda com os olhos fechados, proibido abri-los, vão tocando de mão em mão para descobrir quem lhe deu a mão no início.  Quem encontrar as mãos corretas deve dizer: esta! Se for verdade, a dupla sai e se não for continua tentando.
Após todos se encontrarem o grupo que ficou de fora pediu pra ficar com os olhos fechados, com outras duplas, claro! E assim fizemos, outra rodada da dinâmica.
Depois nos sentamos e refletimos sobre como cada um percebeu o outro. Como você define o seu colega pelas mãos? Fulano tem uma mão quente, gostosa. Ou, a mão e pequena, meiga. Mão forte de trabalhador.

Surgiu uma discussão inesperada, sobre sentir-se enganado pelo outro. Alguns retiraram anéis, alianças, pulseiras ou relógios para dificultar a identificação. O que foi duramente criticado pelos colegas. Meu colega me enganou, eu procurei o anel e não achei, não achei justo. A colega retrucou: eu tirei o anel por que ele não queria conhecer a minha mão, ele estava ligado nas aparências, o anel não sou eu. Então perguntamos pra esta pessoa como ela gostaria de ser vista. Depois abrimos para uma discussão sobre como eu me mostro e como eu gostaria de ser visto (percebido) pelo outro.
Outro tema foi sobre a vontade de abrir os olhos, de burlar as regras, que nós ampliamos para uma questão ética. Será que eu sou honesta quando ninguém está me vendo? Abrir os olhos também é uma forma de enganar o outro e a mim? 
As possibilidades são muitas para discutir, confie no seu grupo ele trará muita coisa interessante. 
Depois compartilhe aqui como foi a sua experiência. Sucesso!