sexta-feira, 17 de setembro de 2010

A TC é dinâmica e nos dá oportunidade para criar

Como já disse em outras postagens: fazer terapia com as mesmas pessoas todas as semanas exige um aprofundamento. A TC teve que ser adaptada porque o grupo passou a ser terapêutico. Assim, estou fazendo algumas mudanças. Com o objetivo de criar novas oportunidades para que tod@s falem, ao invés de perguntar qual o problema está tirando o seu sonho, tenho pedido para que alguém conte uma ou mais qualidades que possui e uma dificuldade que tenha.
Alguns reconhecem ser pacientes, honestos, tolerantes, bons ouvintes, alegres. Mas, por incrível que pareça algumas pessoas têm muita dificuldade em identificar qualidades em si. Então, faço a pergunta de outra forma: o que você sabe fazer bem? Se a dificuldade persistir eu peço ajuda ao grupo (que é formado por pessoas que trabalham juntas). Quem identifica alguma qualidade no fulano? Quando alguém identifica uma qualidade no participante, eu volto para ele e pergunto: você reconhece esta qualidade em você? Algumas vezes a pessoa não concorda que tenha tal qualidade. Então eu pergunto novamente para o grupo ... até o participante dizer: sim, eu tenho esta qualidade.
O objetivo é que o participante relembre e reconheça publicamente suas competências. O resultado tem sido muito bom. Há pessoas que sabe que possuem qualidade, mas não sabe nomear. “Eu tenho muitas qualidades, mas não sei dizer, é difícil!” Em seguida a pessoa fala sobre o que tem dificuldade... falarei sobre isso amanhã!

Um comentário:

  1. Tinha conhecimento desse trabalho voluntário da Teresa, mas só agora posso expressar que felizes o que têm a oportunidade de, no ambiente de trabalho, conversar sincera e amigavelmente sobre os seus problemas. Na psicologia se ensina que cada um representa um papel no ambiente em que se encontra, ainda que involuntariamente. Quando não temos consciência de que somos mais do que o papel que desempenhamos na sociedade é que as relações humanas ficam empobrecidas, porque nunca conhecemos a essência das pessoas. Até o relacionameno familiar pode ficar comprometido se a pessoa não se desvencilhar do cargo que ocupa para a assumir o papel de indivíduo na família. Isso acaba, enfim, sendo ruim para quem "representa" e para quem "assiste" a atuação dos que nunca retiram as máscaras. Infelizmente, há pessas que teriam condições de empreender essa busca interior, mas não privilegiam esse aspecto de "ser humano". Volto, então, ao começo, elogiando esse trabalho da Teresa, e lembrando as palavras dos anjos, em razão do Natal do Senhor: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade". Boa vontade para falar, para ouvir, para mudar.

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