domingo, 27 de junho de 2010

Os fatores terapêuticos: integração (Yalon)

No primeiro capítulo, postado no mês passado, Yalon divide a experiência terapêutica em 11 fatores, agora ele discute os três últimos.“Diferentes pacientes beneficiam-se de diferentes fatores terapêuticos”. Cada grupo também considera diferentes fatores como relevantes. Coesão grupal diz respeito a ser aceito pelo grupo, a manter contato íntimo, revelar coisas embaraçosas e mesmo assim ser aceito pelo grupo, não se sentir mais só e sentimento de pertença. A cartase é necessária, mas não suficiente. Pois é essencial refletir sobre a experiência emocional para a mudança. A autocompreensão é importante para livrar-se de crenças patogênicas. Neste contexto cria-se um ambiente forte e solidário, coeso. Quanto maior a ambigüidade maior a ansiedade e quanto menor a ansiedade menor a ambigüidade e vice-versa. Os fatores existenciais dizem respeito a assumir a responsabilidade total pela forma como o participante conduz a sua vida. Assim a pessoa se empodera para sumir as mudanças necessárias em sua vida. “Ser responsável é ser o autor inconteste de sua vida”. Outra questão que Yalon destaca é o fato de que nós terapeutas valorizamos nossa técnica e interpretações que fazemos como importantes para o processo terapêutico, enquanto cada indivíduo e grupos específicos avaliam como importantes outros aspectos, como carinho e atenção do terapeuta e do grupo.
Na terapia comunitária, suponho que o participante não considera importante o mote que construímos, ou a dinâmica proposta...é algo a se investigar: O que o terapeuta e o participante da TC valorizam numa roda?
Yalon, Irvin D., (2006). Os fatores terapêuticos: integração In: Psicoterapia de Grupo: teoria e prática. Porto Alegr: Artmed.

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