segunda-feira, 5 de abril de 2010

A cura de Schopenhauer (continuação)

Resenha do livro de Yalon
O grupo é composto por três mulheres e três homens. Uma das integrantes foi aluna de Philip, e uma de suas presas sexuais no passado. Ela o insulta sempre que possível. No início Philip só fala quando questionado, e sempre citando Schopenhauer. Tanto Philip quanto Schopenhauer são muito parecidos. Ambos viviam sós, almoçavam sós e não encontravam ninguém a sua altura para se relacionarem. Schopenhauer sofria de depressão crônica e segundo historiadores morreu com sífilis. Schopenhauer escreveu que “depois do amor à vida, o sexo é a maior e mais ativa força e ocupa quase todas as vontades e pensamentos da porção mais jovem da humanidade. Ele é a meta final de praticamente todos os esforços humanos. Exerce uma influência desfavorável nos assuntos mais importantes, interrompendo a toda hora as ocupações mais sérias, e às vezes inquieta por algum tempo as maiores mentes humanas... o sexo é realmente o alvo invisível de toda a ação e conduta e surge em toda parte, apesar dos panos que são jogados em cima dele, motivo de guerra e objeto de paz”. Uma das grandes revelações do livro é a afirmação de que Freud era um Schopenhauriano nas suas afirmações sobre o sexo. O que Freud chamou de energia ou pulsão é parecido com o que Schopenhauer chama de vontade, que é a busca pela satisfação ou felicidade, quando algo parece saciar-nos imediatamente surge outro vazio, outra necessidade. Assim há uma eterna busca pelo prazer. Para Schopenhauer ninguém pode ser feliz. Todo ser humano passa a vida buscando algo, pensando que vai fazê-lo feliz mas nunca alcança, e, quando alcança se desaponta, descobre que o que buscava não saciava a busca, que é eterna. “...a vida não é senão o momento presente, que está sempre sumindo...”

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