segunda-feira, 14 de junho de 2010

O que é bullying?

No mês passado postei um texto sobre bullying na escola. Como recebi alguns comentários e vejo que é uma questão relevante quero falar mais sobre o tema. Bullying é uma palavra inglesa usada no Brasil por não haver, em português, um termo que expresse o fenômeno: colocar apelidos, ofender, zoar, gozar, encarnar, sacanear, humilhar, fazer sofrer, discriminar, excluir, isolar, ignorar, intimidar, perseguir, assediar, aterrorizar, amedrontar, tiranizar, dominar, agredir, bater, chutar, empurrar, ferir, roubar pertences. Às vezes seu filho, ou você, pratica ou é vítima de bullying e não está ciente do fato. Quando acontece há necessidade de diálogo com a escola e os agressores. Culpar não faz avançar na solução do problema, revidar menos ainda. Uma internalta contou que sua filha vem sofrendo bullying na escola. Eu disse a ela: “Penso que em casa você deve deixar claro que sua filha é protegida pela família, ela se sentirá mais segura. Em geral, as vítimas do bullying são pessoas mais frágeis, tímidas, e que demonstram medo. Você pode ajudá-la a ter outra postura diante dos agressores. Se possível, matricule-a em algum esporte ou luta. Não para que ela agrida, jamais! Mas para que ela se sinta confiante, com menos medo. Quando for buscá-la na escola seja firme, encare os agressores, reveze com o pai dela ou uma figura masculina. Procure uma orientação, o psicólogo da escola ou particular. Mudar de escola deve ser a última opção, pois o problema pode se repetir, o que será péssimo para a saúde psíquica de todos, ficará um sentimento de fracasso”.

2 comentários:

  1. Prezada Doutora Teresa,

    Sou pai de uma menina de quatorze anos que há aproximadamente dois anos, vive reclusa em casa. Raramente ela sai e quando sai (mesmo em dias de calor intenso), usa o mesmo moletom largo com capuz que nunca tira, nem mesmo dentro de casa. Já tentamos terapia, mas ela não quis continuar indo às sessões. Largou a escola e trocou os dias pela noites. Noites aliás, que passa acordada em bates papos com grupos pelo Skipe ou em contato com jovens de perfil fake, também utilizando um.
    Quando tento falar à respeito desta situação e o quanto isso não é normal ela chora, fica agressiva e alega que tal situação é resultado do Bullying que sofreu na escola.
    Como tratar este caso? Estou muito preocupado e triste com o estado de minha filha.

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    1. Caríssimo leitor, é tao complicado responder algo assim na rede...se quiser podemos conversar por e mail: teresa.guedes@uol.com.br
      Antecipo que o amor é um grande guia nessas horas e é claro buscar ajuda especializada, mesmo contra a vontade dela. Insista em terapia e talvez um psiquiatra. Se morar em Brasília posso orientá-lo, com relacao a contatos.
      Sucesso!

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