quarta-feira, 18 de agosto de 2010

Dois anos de vida (link para TC no trabalho)

A Terapia Comunitária com o grupo de terceirizados em um órgão público em Brasília está completando dois anos. Nesses dois anos muitas pessoas foram demitidas ou foram transferidas, outras foram contratadas e entraram para o grupo, algumas deixaram de comparecer aos encontros. Mas há aqueles que estão desde a primeira roda, neles percebemos uma grande evolução. Para manter um grupo com os mesmos participantes por tanto tempo é preciso muita determinação e criatividade. Para que a proposta não caia numa rotina e para que as pessoas possam aprofundar suas questões o grupo passou a ter um caráter terapêutico. Muitas vezes não há questões práticas a serem compartilhadas, mas marcas profundas deixadas pela vida. Ter uma dinâmica de interação diferente a cada encontro é um desafio, sempre solicito a contribuição do grupo, nem sempre eles correspondem. Fazer a terapia em apenas uma hora, o tempo que eles são liberados para a roda, também é difícil, especialmente quando o grupo é grande, mais de 30 participantes. Ver uma pessoa que ficou um ano e meio participando das terapias sem compartilhar nada de si, um dia começar a falar e, em duas sessões, contar suas histórias de rejeição ao longo da vida: não tem preço. Parece que foi preciso muito tempo para que ela acreditasse que não seria rejeitada também nesta roda se ela se revelasse. O que eu aprendi e amadureci em dois anos ... não tem preço. Como diz Adalberto Barreto: “o salário da TC é o salário afetivo”. A todos que já passaram por esta roda e aos que ainda estão aqui: PARABÉNS E MUUUUUITO OBRIGADA!

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