domingo, 29 de maio de 2011

Dinâmica de apresentação

Esta semana aprendemos uma dinâmica de apresentação. Com todos em círculo e em pé uma pessoa inicia a apresentação. Ela sai caminhando por fora da roda, enquanto todos podem, ou não, estar cantando uma música. A primeira pessoa para por trás da que escolheu, esta se vira e as duas se apresentam. Falando o nome e um adjetivo que comece com a mesma letra do nome. Por exemplo: Olá, meu nome é Regina e eu sou radiante; Muito prazer eu sou João e me sinto jovem! A primeira pessoa que caminhou passa a ocupar o lugar da que foi escolhida. A segunda sai e escolhe outra e se apresenta (pode nesta outra apresentação falar outra qualidade que possui) e assim sucessivamente. Achei interessante que todos ajudavam a outra pessoa a se qualificar positivamente. Algumas vezes cantávamos músicas com os predicados que as pessoas se davam. Após a segunda pessoa se apresentar e dizer, por exemplo: eu sou bonita. O grupo espontaneamente iniciava uma música com a palavra bonita. Mas esta parte fica a cargo da espontaneidade. Assim, além de ter uma qualidade reconhecida no grupo a pessoa ganha uma música! Após todos se apresentarem e se qualificarem podemos sentar e comentar como foi pra cada um falar publicamente uma ou duas qualidades que possui. Para algumas pessoas é super difícil o que torna um exercício rico. Se você fizer com o seu grupo me conte como foi!!

sábado, 7 de maio de 2011

Ser mãe...uma vocação de toda mulher?

Esta semana fizemos uma roda um pouco diferente, com um tema estabelecido: qual a sua experiência com a maternidade? Muitas mulheres partilharam ... Uma delas contou-nos sua experiência na luta por ser mãe com gravidez de alto risco, seu primeiro filho nasceu morto, a segunda gestação também foi de alto risco, na terceira ela engravidou com o DIU: "foram 8 meses de pavor!" Lá pelas tantas ela disse: "afinal o sonho de toda mulher é ser mãe!" Será? perguntei eu. Eu acho que a maternidade é uma opção, ou deveria ser. Aprendemos desde pequenas a brincar de boneca. Dizem que estamos ensaiando para ser mãe. Rubem Alves, como todo psicanalista, acha que brincadeira é coisa séria. Então, brincamos por brincar, não para ensaiar algo que faremos no futuro. É claro que no brincar desenvolvemos habilidades, mas este não é o objetivo da brincadeira. Brincamos de boneca porque todas brincam, não para aprender a ser mãe, como nossa mãe. Talvez apenas imitamos nossa mãe, como quando calçávamos seus sapatos altos. Ser mulher e ser mãe são dois lados de uma mesma moeda, como possibilidades de estarem juntas, mas não necessidade. Em nosso discurso os dois lados são apresentados como uma certeza! Eu acho que aprendemos que devemos desejar ter filhos, é um sonho aprendido! É importante dizer que não estou falando, apenas, de gerar ou parir filhos. Você pode parir e nunca ser visitada pelos sentimentos de angústia, medo, amor, ternura, saudade, responsabilidade, alegria, culpa e preocupação que fazem parte de toda maternidada. Mas pode sentir estes afetos maternais sem ter parido. Amo profundamente os meus filhos, é óbvio! Mas se eu não os tivesse minha vida não seria vazia. Uma mulher pode fazer mil coisas que não seja ter filhos. Se, por acaso, você tem dúvidas se realmente deseja ter filhos, não se envergonhe. Você é normal sim!!! Ser mãe não é vocação de toda mulher, é uma escolha. Eu amei a minha escolha, e você?

domingo, 1 de maio de 2011

"Todas as portas se fecharam para mim"

Uma roda de terapia comunitária que começou com um tema negativo transformou-se em uma roda positiva: confirmação das resiliências. Um participante da roda trouxe o tema de forma pouco específica, não contou detalhes. Disse que estava tentando resolver algo em sua vida e que todas portas haviam se fechado para ele.
Perguntei ao grupo: Quem já se sentiu como se todas as portas estivessem fechadas e como superou? A primeira fala foi de Ana: ela parou de trabalhar ao se casar. Quando seu marido foi demitido ela achou que não iria dar conta das dificuldades. "Eu ficava chorando dentro do quarto, estava com dois filhos pequenos, foi horrível!" Mas Ana conseguiu superar esta fase, voltou a estudar (terminou o segundo grau), tirou carteira de motorista, trabalhou como motorista de ônibus, foi funcionária de uma loja e comprou a casa própria.
Outra participante contou que um dia seu patrão disse: "não preciso mais dos seus serviços a partir de hoje". Ela disse: "pensei que meu mundo fosse desmoronar". Perguntei o que ela sentiu na época e o que sentia agora ao contar sua história. De acordo com ela "foi a melhor coisa que me aconteceu...minha vida é muito melhor hoje...se ele não tivesse me colocado na rua eu estaria na mesma situação até hoje".
Outras três pessoas também compartilharam suas experiências, na mesma linha: superação e vitória. Concluímos que quando as portas estão fechadas precisamos agir, bater em cada uma, até encontrar uma saída. Ao olharmos para trás identificamos as dificuldades que passamos e verbalizando as experiências, no grupo, reconhecemos nossas competências. Assim, acreditamos, mais uma vez, que somos capazes de abrir outras portas, quando todas parecem estar fechadas. Há um versículo que gosto muito: Quero trazer à lembrança o que pode me dar esperança!
O efeito de uma roda como esta para o grupo é muito forte. Além dos que falaram reconhecerem o quão são resilientes ajuda todos a relembrarem suas competências e se enchem de esperança para superar as adversidades. Descobrimos, todos, que é comum a todos viver dificuldades e superá-las. Afinal, a terapia é do grupo.