
Um dos grupos de TC que participo é com meninos, de 8 a 18 anos, da periferia de Brasília. Percebo que em um ano e meio de roda os
meninos mudaram a forma de se relacionar
conosco. O modelo de vínculo que eles possuem é
evitativo ou ambíguo. Por exemplo: um dos garotos do grupo apanha diariamente, está sempre na rua. Uma noite quando chegou em casa o padrasto disse: "hoje você não apanhou,
né? Vem cá que vou te dar um abraço!" Quando o garoto se aproximou ele bateu com um pedaço de pau. O modelo de vínculo que estes garotos encontraram nos terapeutas e facilitadores do
projeto é de segurança, respeito e confiança mútua. A constância do
afeto na TC, o não julgamento e a acolhida sem censura, mas com firmeza, fez com que eles aprendessem a lidar com uma forma nova de se relacionar, de dar e receber outros
afetos. A segurança no novo
vínculo, com os adultos e entre si, abre uma nova possibilidade de relacionamento. Agora, eles
possuem um modelo saudável de vínculo seguro e podem repetir este modelo com outras pessoas que conhecerem ao longo de suas vidas, professores, colegas e ingressar na sociedade com outro olhar. Graças à experiência de aceitação que
vivenciaram na TC eles poderão ter a segurança de que podem ser
aceitos na sociedade.
olá... gostei muito e estou na graduação em enfermagem direcionando minha tematica d estudo em saude mental...e focalizada em terapia comunitario...quero desenvolver um trabalho sobre terapia comunitaria com crianças. queria informações suas, pois to procurando terapeutas q lidam com isso. meu email; claudiaquezia@hotmail.com aguardo contato.
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