Nos últimos dias tenho
lido Sêneca, um filósofo contemporâneo de Jesus Cristo. Como outros estoicos, ele ensinava que as
emoções destrutivas resultavam de erros de julgamento. Ele
escreve sobre a duração da vida, a morte e a velocidade do tempo. Um tema
constantemente trazido nas rodas de terapia que realizo é a questão da morte e
como lidar, suportar, conviver e aceitá-la.
De acordo com este
autor o que nos distingue um dos outros é apenas o intervalo entre o nascimento
e a morte. Não cabe muita coisa na duração da vida, argumenta o pensador.
Quando pensamos assim trazemos a morte presente à nossa consciência (destaco
que a sua presença é constante, independentemente de a reconhecermos). Quando
assim o fazemos não nos desanimamos para a vida, ao contrário: “nada do que me
acontecer receberei com tristeza” diz o filósofo.
Qual vida tem mais
valor? A daquele que vive pouco ou a do que vive muito? Para Sêneca o que nos
diferencia uns dos outros é a sabedoria. Ora, sabedoria não é cultura,
educação, formação; é aceitação da finitude, da vida e da morte. Fácil falar,
difícil de viver!
Em outro momento Sêneca
considera que “o que importa é quão bem tu vivas e não quão longamente, e
muitas vezes o bem-viver está nisso, em não viver longamente”. Para este
pensador viver bem é alimentar a alma, não o corpo. Será que nossa geração tem
vivido bem? Ou será que só nos preocupamos em ter um corpo lindo, uma roupa de
marca, uma tecnologia de ponta? Diga-me qual é o seu viver, antes que
morramos...aceitar a morte me leva a viver a vida com mais sabor e intensidade!
Instiganets reflexóes, Teresa. Obrigado.
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