segunda-feira, 15 de outubro de 2012

Sobre o viver e o morrer (Sêneca)



Nos últimos dias tenho lido Sêneca, um filósofo contemporâneo de Jesus Cristo. Como outros estoicos, ele ensinava que as emoções destrutivas resultavam de erros de julgamento. Ele escreve sobre a duração da vida, a morte e a velocidade do tempo. Um tema constantemente trazido nas rodas de terapia que realizo é a questão da morte e como lidar, suportar, conviver e aceitá-la.
De acordo com este autor o que nos distingue um dos outros é apenas o intervalo entre o nascimento e a morte. Não cabe muita coisa na duração da vida, argumenta o pensador. Quando pensamos assim trazemos a morte presente à nossa consciência (destaco que a sua presença é constante, independentemente de a reconhecermos). Quando assim o fazemos não nos desanimamos para a vida, ao contrário: “nada do que me acontecer receberei com tristeza” diz o filósofo.

Qual vida tem mais valor? A daquele que vive pouco ou a do que vive muito? Para Sêneca o que nos diferencia uns dos outros é a sabedoria. Ora, sabedoria não é cultura, educação, formação; é aceitação da finitude, da vida e da morte. Fácil falar, difícil de viver!
Em outro momento Sêneca considera que “o que importa é quão bem tu vivas e não quão longamente, e muitas vezes o bem-viver está nisso, em não viver longamente”. Para este pensador viver bem é alimentar a alma, não o corpo. Será que nossa geração tem vivido bem? Ou será que só nos preocupamos em ter um corpo lindo, uma roupa de marca, uma tecnologia de ponta? Diga-me qual é o seu viver, antes que morramos...aceitar a morte me leva a viver a vida com mais sabor e intensidade!

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