domingo, 21 de outubro de 2012

Quando o pai não é o herói...


Na roda anterior de Terapia Comunitária, uma participante apresentou sua história: a busca por sua mãe que a havia deixado com a mãe adotiva. Ela localizou a mãe, morta em outubro passado. Hoje ela traz a questão do seu filho que não possui o nome do pai no registro. Agora a escola a orienta a buscar o pai do garoto. Ela está desanimada, cansada e não quer fazer isso, porque não considera relevante.
No grupo ela pode ver como é importante o nome do pai no registro de uma pessoa. Vários participantes contaram como se sentiram crescendo sem o nome do pai, enquanto outras contaram como foi complicado provar ou convencer o pai de seus filhos a registrá-los e pagarem a pensão devida.
É comum na nossa cultura valorizarmos o papel da mãe em detrimento do pai. Muitas vezes são as próprias mães que desprezam o valor do pai diante do filho. Estamos em uma época em que, no meu entendimento, começamos a dar ao pai o lugar que ele merece em nossas vidas.
Estudos recentes têm buscado entender o papel do pai desde a gestação. Qual o lugar do pai na vida de um recém-nascido? Muitas vezes ele serve apenas para carregar a bolsa ou o carrinho do bebê. Mas isso não é verdade. O pai é muito importante na vida de uma pessoa.
Assim, esta jovem pode ver sua questão de outra forma. Pode entender que é importante para o seu filho saber quem é seu pai e ser reconhecido por este. Ainda que falte o essencial: o envolvimento afetivo entre pai e filho.

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