domingo, 4 de setembro de 2011

Crack tire essa pedra do caminho (link para CUFA)

Ontem, no Congresso Nacional de Terapia Comunitária, tive a alegria e a tristeza de assistir um parte da palestra do Preto Zezé, presidente nacional da CUFA, Central Única das Favelas. A CUFA trabalha em várias frentes nas favelas do Brasil, mas o que me sensibilizou foi o tema apresentado, o crack. A ONG está lançando um documentário sobre a forma como o crack tem desagregado as famílias e a sociedade brasileira.
Chamou-me a atenção a constatação do Preto Zezé sobre a diferença entre o crack e outras dogras. Segundo ele, as drogas anteriores permitiam que o viciado convivesse em família e sociedade, "o sinônimo de crack é desagregação" disse o palestrante. Com o crack o usuário deixa de conviver com a família, ele vende tudo o que tem. "Vi gente que vendeu até as portas da casa pra se drogar" disse um usuário no documentário.
As consequencias sociais desta droga são devastadoras, elas alcançam todos nós, inclusive eu e você. O índice de abandono de menores subiu assustadoramente. Muitos meninos que estão nas ruas perderam seus pais para o crack, alguns ainda vivos, presos (no presídio ou na droga), outros mortos. O crescimento dos roubos, da prostituição infantil, de abortos espontâneos, doenças como a pneumonia e sequestros também estão relacionados ao uso do crack. Você sabia que o uso do crack é a terceira maior causa de morte no Brasil? Isso é uma epidemia!
O crack é uma droga relativamente barata e ao experimentar pela terceira vez a pessoa já está viciada, num caminho sem volta. O que leva estes jovens e adultos a usarem o crack? O que as famílias podem fazer para minimizar esta tragédia? O que a Terapia Comunitária pode fazer? O que você, profissional da saúde, pode fazer por isso? E você cidadão? O que o terapeuta comunitário pode fazer contra o crescimento do crack? Eu decidi falar, escrever, de alguma forma chutar esta pedra do caminho do meu irmão. Na proxima postagem falaremos a respeito da prevenção.

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