Compartilho, em parte, a matéria que saiu na semana passado na intranet do TST. Neste mês a nossa roda completa 5 anos.
"Servidora
do TST há 20 anos, a também psicóloga e coordenadora da Roda de Terapia
Comunitária do Tribunal, Teresa Freire lança o livro “A Terapia
Comunitária integrativa no Cuidado da Saúde Mental”.
Este é o segundo livro em que a psicóloga, em parceria com os doutores
Maria Henriqueta Camarotti e Adalberto Barreto, trabalha o tema Terapia
Comunitária Integrativa (TCI).
Neste
livro, a relação entre a TCI e os princípios e práticas da saúde mental
são discutidos a partir da Reforma Psiquiátrica no Brasil. A obra
reflete sobre o papel da Terapia Comunitária Integrativa nas propostas
terapêuticas da saúde mental e ressalta a importância desta metodologia
no desenvolvimento da autonomia e da cidadania das pessoas com
sofrimentos psíquicos do cotidiano, assim como portadores de transtornos
psíquicos leves, moderados e graves.
Mestre
em psicanálise na área de maternidade, Teresa aborda, no capítulo
“Terapia Comunitária Integrativa no cuidado da saúde mental da mulher na
gestação e no puerpério”, como esse tipo de terapia é uma estratégia
importante para cuidar da saúde mental, prevenindo doenças nas mulheres
que estão passando por esta etapa da vida. “Quando a boca cala o corpo
fala, e quando a boca fala o corpo sara”, afirma.
Terapia Comunitária no TST
Há cinco anos Teresa coordena a Roda de Terapia Comunitária no TST, que atende os colaboradores terceirizados da área de conservação e limpeza do Tribunal. O encontro se dá todas
às sextas-feiras às 14h, no térreo do bloco B. No começo, a iniciativa
da servidora era apenas de sua responsabilidade. Hoje, porém, a Roda faz
parte dos programas do Comitê de Sustentabilidade do Tribunal, do qual
Teresa é integrante.
A
psicóloga ressalta que a Roda não é uma psicoterapia, e sim uma
metodologia para ajudar as pessoas a resolverem seus problemas e
compartilharem angústias, experiências e aprendizados.
As regras são claras: não é permitido dar conselhos e falar de
terceiros; falar de si mesmo é essencial para o resultado da terapia.
Deste modo, os integrantes vão aprendendo a ver a vida de outra forma e
passam a perceber o ponto de vista do outro. “O segredo da terapia é
fazer a pergunta certa e finalizar a reunião com uma pergunta que
permita uma reflexão”, diz.
Os
resultados são positivos, e Teresa afirma que estes encontros “trazem
mais humanidade ao ambiente de trabalho”. Ela conta que integrantes que
saíram do Tribunal ainda fazem constantes visitas ao grupo, e dão seus
depoimentos relatando como a Roda de Terapia Comunitária foi importante
para a superação de algum problema.
O
grupo já chegou a ter 78 integrantes, porém com a rotatividade dos
funcionários terceirizados, que frequentemente são demitidos ou
transferidos, este número varia, e atualmente está menor - são cerca de
10 participantes assíduos. Para fazer parte do grupo, basta comparecer
às reuniões.
(Líllian Couto – Estagiária/MC)