Na semana passada o tema foi trazido por uma jovem estudante que tem participado do nosso grupo nos últimos dois meses. Segundo ela o seu namorado tem falado que ela é egoísta. Perguntei se ela concordava e ela disse: “Eu acho que sou egoísta mesmo!”
Enquanto ela falava fizemos várias perguntas com o objetivo de que ela percebesse quando começou a agir desta forma, o que a levou a ser assim. Ela contou que quando era pequena passou um período muito doente, ficava internada por meses. Nesta época sua mãe ficava por conta dela, cuidando e paparicando.
No momento da partilha um participante contou que por ter sofrido muito na vida decidiu ser egoísta e orgulhoso, como uma forma de se proteger. Nos relacionamentos amorosos ele diz não se entregar para não sofrer e que prefere que a parceira sofra. Outra pessoa contou que também se sente egoísta na relação com o marido e que ele reclama de suas atitudes.
Parece que só identificamos nosso egoísmo na relação com o outro se estamos sós ou se alguém não nos mostra nossa postura não a percebemos. Por outro lado é complicado afirmar que somos egoístas só pelo olhar do outro. E se o outro for o egoísta da relação e quiser que eu ceda cada vez mais com este argumento?
No caso trazido pela jovem ela se reconhece como egoísta e diz querer mudar para se relacionar melhor com o namorado e os amigos. Ela quer ver o lado do outro, o que parece ser muito saudável. Concluímos que quando o assunto é egoísmo devemos buscar o equilíbrio, nem tanto ao céu, nem tanto ao mar! Nem ficar com a coberta toda, nem ficar descoberto!
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