domingo, 29 de abril de 2012

Correndo atrás do vento...

As duas últimas rodas, das quais participei tiveram temas bem semelhantes. A primeira aconteceu em uma faculdade de Brasília, com alunos do 9º ano do curso de psicologia, a outra no nosso grupo regular. Os temas se referem ao fato de não conseguir fazer tudo que deve ser feito e ainda assumir mais compromissos. Uma das participantes disse priorizar os outros em detrimento de si mesma.
A vida contemporânea nos leva a correr atrás de nossos sonhos. Porém, os nossos sonhos são realmente nossos? Em Brasília, e muitos outros lugares, estudamos e trabalhamos excessivamente, correndo atrás dos sonhos que aprendemos que deveríamos sonhar. Por que eu tenho que sonhar em ser analista do Senado? Por que eu tenho que trabalhar tanto e descansar tão pouco? Por que eu não posso ficar satisfeita com o que eu tenho? Onde tudo isso vai me levar?

Não quero ser hipócrita, ganhar mais é bom! Mas às vezes mais pode ser menos. Mais trabalho, menos lazer. Mais estudo, menos deslumbramento com o simples. Mais dinheiro, menos tempo pra desfrutá-lo.  Mais responsabilidade, menos tranquilidade. Passei tanto tempo sonhando os sonhos que me disseram que eu deveria sonhar que me esqueci de sonhar os que eu queria sonhar. Quais são mesmo os meus sonhos? Há dias que sinto que estou correndo atrás do vento.
Quero trabalhar com se estivesse brincando. Quero reaprender como me encantar com o simples. Quero desfrutar mais do que meu dinheiro pode me proporcionar. Quero cumprir meus compromissos sem me sentir esmagada por eles. Quero ter tempo pra ver minhas amigas que não vejo a um tempão (saudades). Tire a correria da minha frente que eu quero passar com os meus sonhos (e que sejam coloridos, cheiros, saborosos, intensos, novos, estimulantes...).

sexta-feira, 20 de abril de 2012

Dia da Terra

Todos os anos, a 22 de abril celebra-se o Dia Mundial da Terra.  A data foi criada em 1970. Desde então, milhões de cidadãos em todo o mundo manifestam o seu compromisso na preservação do ambiente e da sustentabilidade da Terra.

Ou mudamos ou morremos

Hoje vivemos uma crise dos fundamentos de nossa convivência pessoal, nacional e mundial. Se olharmos a Terra como um todo, percebemos que quase nada funciona a contento. A Terra está doente e muito doente. E como somos, enquanto humanos também Terra (homem vem de humus=terra fértil) nos sentimos todos, de certa forma, doentes. A percepção que temos é de que não podemos continuar nesse caminho, pois nos levará a um abismo. Fomos tão insensatos nas últimas gerações que construímos o princípio de autodestruição...
Aqui se encontra a saída para um novo sonho civilizatório e para um futuro para as nossas sociedades: fazermos desta lei da natureza, conscientemente, um projeto pessoal e coletivo, sermos seres cooperativos. Ao invés de troca competitiva onde só um ganha, devemos fortalecer a troca complementar e cooperativa, onde todos ganham...sem haver perdedores.
Leonardo Boff